Fundo

Geriatra:

Fábio Vilas Boas
CRM: 199808 / RQE: 108415 / RQE: 127182

Fundo

O que é farmacos mais comuns na geriatria?

O que são fármacos na geriatria?

Os fármacos na geriatria referem-se a medicamentos frequentemente prescritos para tratar condições de saúde comuns em idosos. Este grupo etário apresenta características fisiológicas e patológicas que exigem uma abordagem diferenciada no uso de medicamentos. A geriatria é uma especialidade médica que se concentra no cuidado e tratamento de pessoas idosas, levando em consideração as particularidades do envelhecimento e as múltiplas comorbidades que podem afetar essa população.

Principais classes de fármacos utilizados na geriatria

Entre os fármacos mais comuns na geriatria, destacam-se as classes de medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios, antihipertensivos, antidepressivos e anticoagulantes. Cada uma dessas classes desempenha um papel crucial no manejo de condições crônicas e agudas que são prevalentes entre os idosos. A escolha do fármaco deve considerar não apenas a eficácia, mas também a segurança e a tolerância do paciente, uma vez que os idosos podem apresentar maior suscetibilidade a efeitos adversos.

Analgesia e fármacos anti-inflamatórios

Os analgésicos, como o paracetamol e os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), são frequentemente utilizados para o manejo da dor em idosos. A dor crônica é uma queixa comum nesta faixa etária, e o tratamento adequado é fundamental para a qualidade de vida. No entanto, é importante monitorar a função renal e gastrointestinal, pois os AINEs podem causar complicações em pacientes geriátricos.

Antihipertensivos e controle da pressão arterial

Os antihipertensivos são essenciais para o controle da hipertensão arterial, uma condição prevalente entre os idosos. Medicamentos como inibidores da ECA, bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos são frequentemente prescritos. A escolha do fármaco deve ser individualizada, levando em consideração a presença de outras condições de saúde, como diabetes e insuficiência cardíaca, que podem influenciar a escolha do tratamento.

Antidepressivos e saúde mental na geriatria

A saúde mental é uma preocupação significativa na geriatria, e os antidepressivos desempenham um papel importante no tratamento da depressão e da ansiedade. Medicamentos como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são frequentemente utilizados. É fundamental monitorar os efeitos colaterais, pois os idosos podem ser mais sensíveis a alterações no estado mental e nos níveis de energia.

Anticoagulantes e prevenção de eventos tromboembólicos

Os anticoagulantes, como a varfarina e os novos anticoagulantes orais, são comumente prescritos para prevenir eventos tromboembólicos, como AVC e trombose venosa profunda. A gestão adequada da anticoagulação é crucial, pois os idosos têm um risco aumentado de complicações hemorrágicas. O monitoramento regular e a educação do paciente sobre sinais de sangramento são essenciais para a segurança do tratamento.

Considerações sobre polifarmácia

A polifarmácia, que se refere ao uso de múltiplos medicamentos, é uma preocupação significativa na geriatria. Muitos idosos apresentam várias condições de saúde que exigem tratamento com diferentes fármacos. No entanto, a polifarmácia pode aumentar o risco de interações medicamentosas e efeitos adversos. Portanto, é essencial realizar revisões periódicas da medicação e ajustar os tratamentos conforme necessário.

Adesão ao tratamento e desafios na geriatria

A adesão ao tratamento é um desafio comum entre os idosos, que podem ter dificuldades em seguir esquemas complexos de medicação. Fatores como problemas de memória, efeitos colaterais e custos dos medicamentos podem impactar a adesão. Estratégias como simplificação do regime medicamentoso, uso de lembretes e envolvimento de cuidadores podem ajudar a melhorar a adesão ao tratamento.

Importância da avaliação geriátrica

A avaliação geriátrica abrangente é fundamental para a escolha adequada dos fármacos. Essa avaliação considera não apenas as condições médicas, mas também aspectos funcionais, sociais e psicológicos do paciente. A equipe de saúde deve trabalhar em conjunto para desenvolver um plano de tratamento que atenda às necessidades individuais do idoso, garantindo um manejo seguro e eficaz das condições de saúde.